- Mapeie quais atividades são “trabalho em altura”
- Liste todas as tarefas realizadas acima de 2 metros, onde exista risco de queda.
- Identifique locais, equipes, turnos, frequência e duração das atividades.
- Classifique por nível de criticidade (rotina, eventual, emergencial).
- Faça a Análise de Risco (AR) antes de cada execução
- Avalie o ambiente: piso, bordas, aberturas, telhados, estruturas, pontos de ancoragem, clima (vento/chuva), iluminação e acesso.
- Identifique perigos típicos: queda de pessoas, queda de materiais, choque elétrico, ruptura de estrutura, escorregamento, falha de ancoragem.
- Defina controles para cada risco (o que será feito para eliminar/reduzir).
- Registre a AR e comunique a equipe antes do início da tarefa.
- Defina o método de trabalho e as permissões necessárias
- Estabeleça “como” a atividade será feita (sequência segura).
- Quando aplicável, emita Permissão de Trabalho (PT) ou procedimento formal equivalente.
- Garanta que o time entenda: o que pode, o que não pode, e quando parar.
- Priorize e implemente Proteção Coletiva (EPC)
- Instale/garanta medidas como: guarda-corpo, rodapé, redes de proteção, linhas de vida, plataformas, isolamento e sinalização da área.
- Só avance para EPI quando o risco não puder ser totalmente eliminado por EPC.
- Faça inspeção visual e funcional das proteções antes do uso.
- Selecione e disponibilize EPIs corretos e compatíveis
- Forneça o conjunto adequado ao cenário: cinturão paraquedista, talabarte, trava-quedas, conectores, capacete com jugular, etc.
- Verifique compatibilidade do sistema (EPI + ponto de ancoragem + linha de vida).
- Controle entrega, orientações de uso, conservação e substituição.
- Assegure que só trabalhadores capacitados e autorizados executem
- Confirme treinamento NR-35 e reciclagens quando aplicável.
- Formalize a autorização (lista de autorizados, crachá, registro interno).
- Não permita “ajuda informal” de pessoa não autorizada, mesmo por poucos minutos.
- Garanta aptidão e condições de saúde para a atividade
- Exija liberação/aptidão médica compatível com trabalho em altura (conforme PCMSO da empresa).
- Reforce política de “não iniciar” em caso de: tontura, mal-estar, uso de substâncias, privação de sono, etc.
- Registre e trate ocorrências como quase-acidentes.
- Planeje e assegure supervisão adequada
- Defina responsável pela supervisão (direta ou indireta, conforme risco e complexidade).
- O supervisor deve checar: AR/PT, EPC/EPI, ancoragens, equipe completa, comunicação e isolamento de área.
- Mantenha evidências (checklists, fotos, registros).
- Realize inspeção e manutenção de equipamentos e sistemas
- Crie rotina de inspeção: antes do uso (usuário) + periódica (responsável técnico/empresa).
- Retire de uso itens com desgaste, corte, deformação, corrosão ou dúvida.
- Registre datas, responsáveis, lote/identificação e critério de descarte.
- Monte um Plano de Emergência e Resgate (antes de subir)
- Defina como será o resgate em caso de queda/suspensão, mal súbito ou acidente.
- Garanta recursos: equipe treinada, kit de resgate, comunicação, rota de acesso, acionamento de socorro.
- Faça simulações quando necessário e revise após mudanças no cenário.
- Suspenda imediatamente a atividade se surgir risco não previsto
- Interrompa se ocorrer: mudança climática, falha/ausência de ancoragem, instabilidade da estrutura, presença de energia elétrica não controlada, EPC/EPI inadequado, acesso inseguro.
- Refaça a análise de risco e só retome com controles implementados.
- Documente tudo e mantenha evidências de conformidade
- Arquive: AR/PT, registros de treinamento, listas de autorizados, inspeções, entrega de EPIs, procedimentos, incidentes e ações corretivas.
- Use esses registros para auditorias internas e para demonstrar diligência em fiscalizações.
Por que isso importa
Se essas etapas não forem cumpridas, pode ficar caracterizada negligência do empregador, com impactos administrativos, trabalhistas e até criminais, além do risco real à vida do trabalhador.